Resenha: Argentinos Jrs 2 x 4 Tricolor
Amigos, quando o treinador argentino Pedro Troglio afirmou que milagres não acontecem duas vezes, que a cota do Fluminense já estava preenchida, demonstrou toda a sua imensa ignorância sobre futebol. Não se desrespeita a maior instituição da história do futebol mundial. Não se desrespeita o clube fundador da própria Seleção Brasileira. (Para quem não se lembra do cidadão, era ele o técnico daquele Cerro Porteño que partiu para a violência, quando perdeu a semifinal da Copa Sul-Americana de 2009, para o Tricolor, no Maracanã. Parece que dezesseis meses passaram em vão: Pedro Troglio ainda não aprendeu a perder...)
O Fluminense é único.
Não existe clube igual na face da Terra.
Reparem que os dois gols argentinos sequer deveriam ter acontecido: foram dois acidentes, dois golpes do destino, duas injustiças.
O Fluminense abriu o placar com Júlio César, com assistência deMarquinho. Cabe destacar o passe milimétrico de Marquinho: obra de cinema, amigos. Hollywood não conseguiria fazer igual.
E o Tricolor continuou senhor do jogo: os argentinos não conseguiam sequer respirar, tamanha a superioridade do onze pó-de-arroz. Mesmo assim, eles conseguiram empatar.
Ainda antes do intervalo, Fred virou o placar: sua cobrança de falta foi um tiro de canhão. Felizmente, o goleiro Navarro preferiu ser vazado a morrer.
Logo no começo da etapa complementar, os argentinos empataram novamente. Repito: mais um gol acidental, um gol que não poderia ter acontecido, um gol que não deveria ter acontecido. O Fluminense novamente precisava de dois gols.
Impossível, diriam os idiotas da objetividade. Sempre eles.
No escanteio, Valencia cabeceou e Navarro defendeu parcialmente.Rafael Moura estava ali, na hora certa, no lugar certo, e teve calma para executar o chute perfeito. Fluminense três a dois.
Acaba em Montevideo: Nacional 0, América 0.
Faltava um gol para o Fluminense.
Quarenta e dois minutos do segundo tempo.
Araújo aciona Edinho.
Edinho que não deveria estar ali.
Mas estava.
Edinho que não tem recursos técnicos para driblar um goleiro.
Mas driblou.
E foi derrubado: pênalti.
A América inteira parou.
Os movimentos das placas tectônicas cessaram.
Fred contra Navarro: cobrança perfeita.
Era o gol da vitória.
Da doce e santa vitória.
Era o gol da classificação.
Da doce e santa classificação.
O impossível não existe.
Copa Libertadores da América: o sonho continua.
Na distante caverna que habita, tenho certeza, o Profeta sorri.
PC
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